PIB mundial deve crescer 2,7% em 2017
Previsão é do Banco Mundial, que apostou na aceleração do crescimento, apesar de ameaças de restrições comerciais
O Banco Mundial (BM) manteve, neste domingo (4), suas previsões de crescimento da economia mundial e apostou em uma aceleração da atividade, apesar das ameaças de “restrições comerciais” impulsionadas principalmente pelos Estados Unidos.
O produto interno bruto (PIB) mundial deverá aumentar 2,7% este ano e 2,9% em 2018, a um ritmo mais elevado que o registrado em 2016 (2,4%), segundo as novas previsões semestrais da instituição multilateral.
Em meados de abril, o Fundo Monetário Internacional se demonstrou mais otimista ao aumentar suas estimativas de crescimento pela primeira vez em dois anos.
“Vimos como há muito tempo um fraco crescimento desacelerou o combate à pobreza, e é estimulante perceber sinais de que a economia mundial está se consolidando”, declarou o presidente do BM Jim Yong Kim, citado em comunicado.
Segundo essas novas projeções, a economia dos Estados Unidos cresceria neste ano 2,1% e 2,2% em 2018, a um ritmo ainda mais longe dos 3% que o presidente Donald Trump se fixou como meta possível no médio prazo.
O BM revisou em alta suas previsões para a zona do euro em relação a janeiro e previu que o PIB regional aumentará 1,7% em 2017 (+0,2).
A instituição continua prevendo uma desaceleração do crescimento na China (6,5% este ano) e revisou em queda a sólida expansão econômica registrada na Índia (7,2%).
Apesar desses sinais positivos, o Banco Mundial alertou contra alguns “riscos substanciais” derivados sobretudo de medidas protecionistas.
“Novas restrições comerciais podem fazer descarrilar a saudável recuperação do comércio mundial”, apontou o BM em um momento em que os Estados Unidos ameaça vários de seus parceiros comerciais (China e Alemanha, por exemplo) com represálias alfandegárias.
No contexto de difíceis negociações sobre o Brexit e de dúvidas sobre a agenda econômica de Washington, o Banco alertou sobre “a persistente incerteza” que pode afetar negativamente a confiança e os investimentos.
O Banco Mundial manifestou sua preocupação com um retorno da volatilidade financeira caso os mercados fiquem inquietos pelos “riscos” derivados da normalização monetária, principalmente nos Estados Unidos.
Notícia completa: FolhaPE